A alegria do Senhor é a nossa força.

Neemias: 8:8-10

E leram no livro, na lei de Deus: e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse. E Neemias (que era o governador), e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei. Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si, porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força.

INTRODUÇÃO

·         Deus é a nossa fonte, dEle devemos receber tudo que precisamos, inclusive a nossa força.

·         A “alegria do Senhor” é a nossa força. 

·         Sl 16:11: “Far-me-ás ver a vereda(os caminhos) da vida; na tua presença há abundância(plenitude) de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.”

1.       O contexto histórico de Judá no período de Neemias.

a.      Jerusalém havia sido destruída por Nabucodonozor ( 586 aC);

b.      Neemias está cativo, assim como parte do seu povo.

                                                  i.      Ele serve ao rei Artaxerxes, na cidade de Susã, capital de inverno do império persa.

                                                ii.      Ele recebe a visita de seu irmão que estava em Jerusalém.

                                              iii.      Neemias busca informações de como estava Jerusalém. (Ne 1:2 – 4)

c.         Duas grandes comitivas haviam sido enviadas a Jerusalém antes de Neemias:

                                                    i.      Zorobabel - 538 a.C.,

                                                  ii.      Esdras - 458 a.C. ( 80 anos depois)- Destaca-se pela reconstrução do templo;

                                                 iii.      Neemias – 13 anos depois – Destaca-se pela restauração das muralhas de Jerusalém.  

1.        O templo restaurado fala de nosso novo nascimento;

2.        A restauração das muralhas e das portas de Jerusalém, fala da necessária restauração da nossa alma.

2.       Definindo força:

a.       Aquilo que é capaz de produzir ou acelerar movimentos;

b.      Aquilo que é capaz de oferecer resistência;

c.       Força também produz deformações em estruturas;

d.      Ver exemplo de um trem em movimento. Para parar esse trem, é preciso aplicar uma força maior, a isso chamamos resistência, do que a força aplicada para que ele continue em movimento.

                                                   i.      A simples falta de combustível, interrompe a força e o movimento desse trem. A alegria do Senhor é o nosso combustível.

3.       Definindo “A alegria do Senhor”:

a.       Gálatas 5:22   “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,  bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.”

                                                  i.      A alegria aqui destacada é um fruto, um resultado da ação do Espírito Santo em nossas vidas.

b.      Lucas 10. 17-20   “Voltaram os setenta com alegria, dizendo Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos submetem. Disse-lhes Jesus Eu vi satanás, como raio, cair do céu. Eu vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. MAS NAO VOS ALEGREIS PORQUE OS ESPIRITOS VOS SUBMETEM, ALEGRAI-VOS ANTES POR ESTAREM OS VOSSOS NOMES ESCRITOS NOS CÉUS.”

                                                   i.      Os milagres nos alegram, mas a alegria que nos fortalece é a de termos nossos nomes escritos no livro da vida. Mas a alegria verdadeira é fruto de um entendimento do que é “eterno”.

c.       Jo 16:22: “Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar” .

                                                  i.      Jesus começa a falar aos discípulos sobre Sua morte quando os discípulos se entristecem Ele afirma que quando eles o vissem novamente, depois da ressurreição, eles seriam tomados de tanta alegria que nada, nem ninguém poderia tirá-la deles.

d.      A palavra hebraica para alegria é “chedvah”, que vem de “chadah” e traz a ideia de “união”.

                                                  i.      Ou seja, a alegria é um campo de batalha espiritual, pois o cristão, quando está unido a Deus, exulta de alegria, ainda que em meio à tribulação.

                                                ii.      Se o inimigo conseguir tirar a alegria do cristão, ele quebra sua unidade com o Senhor. Ter alegria (chadah) é estar unido (‘achad) a Deus.

e.      Outra curiosidade é que, em hebraico, as palavras “alegria” (chadah), “união” (‘achad) e “enigma” (chiydah) possuem a mesma origem.

                                                  i.      Isso nos lembra o costume de Cristo de falar por meio de parábolas, atitude que irritou a muitos, mas trouxe força e esclarecimentos para aqueles que buscaram compreendê-las.

f.         Outra variação dessa mesma palavra, “cheder”, significa “quarto”:

                                                   i.      Fala de proteção -  (chadar) - cercado  de paredes.

                                                  ii.      Fala de intimidade e isolamento – Nossa alegria, quando verdadeira, não se baseia em pessoas, onde estamos e o que estamos fazendo. Se estivermos sozinhos, o autor da nossa alegria, o Espírito Santo de Deus está conosco.

CONCLUSÃO - A alegria do Senhor é nossa força!

O homem que está verdadeiramente em união (‘achad) com Deus possui alegria (chadah) porque tem a força de uma espada afiada (chadad). Em hebraico, os termos “união” (‘achad) e “afiado” (chadad) são semelhantes devido à ideia de que os dois lados da lâmina de uma espada se unem para formar uma ponta afiada. Dessa maneira, vemos que o cristão que se une a Deus é afiado como uma espada e forte na batalha, pois a alegria do Senhor é uma de suas armas de guerra.

Fontes de consulta:

Daniel Lopez

Jornalista e doutorando em Linguística na Universidade Federal Fluminense (UFF). É também professor universitário, tradutor e diretor do programa e ministério Desvendando o Original.

Livro: Verdades que transformam – Bispo Cirino.