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sábado, 27 de outubro de 2012



Com o fim das eleições vem a normalidade?
 
Com o fim das eleições vem a normalidade. Isso é bom, em parte. Não digo que gostaria de rever as ofensas e desrespeitos que em alguns momentos me faziam pensar duas vezes antes de navegar pelas redes sociais. Mas gostaria de ver sim, a perpetuação do anseio por cidades melhores, e isto digo por que estou acostumado a ver ao longo dos anos vereadores que fazem oposição ferrenha, mas que com o resultado das urnas esquecem completamente seus compromissos, até mesmo os vendem para o mandatário do poder executivo. Estou acostumado a ver que as grandes militâncias se transformam em "marolas" com o fim dos pleitos. Estou acostumado e já cansado, de ver que as pessoas não são o grande foco dos eleitos, pois muitos destes dizem que já pagaram por seus votos e que agora precisam recuperar o "seu investimento''.

E por falar em compra de votos, pensando exaustivamente sobre o tema concluí que é muito cômodo criticar aqueles que venderam seus votos por cerca de R$ 100,00, diga-se de passagem, uma boa valorização frente aos últimos pleitos municipais que na época estava na casa dos R$ 50,00 e com isso tendo maior valorização que o salário mínimo. Mas voltando ao cerne da questão, é fácil criticá-los, mas o que dizer de quem vota para garantir um emprego, para garantir contratos de suas empresas, para garantir que receberá sem trabalhar, garantir-se como fornecedor sem licitações um quadrienal sanguessuga do erário. Concluí que na maioria das vezes, vendemos sim os nossos votos, porque não apelamos nem observamos as ideologias, porque não fomos norteados pelo bem comum nem pelo zelo da coisa pública.

Diante de tais observações, surge a figura emblemática do Ministro Joaquim Barbosa. Ficamos boquiabertos com a integridade de suas conclusões e com o compromisso com suas convicções. Nós, o elegemos como herói e atribuímos tais feitos a sua história de vida. Algo, entretanto me vem a cabeça. Quantos dos políticos eleitos teriam um destino diferente do atribuído ao tal Marcos Valério? Quantos seriam absorvidos por nunca comprar votos, por nunca contratar sem licitar, por não fazer caixa 2 nas campanhas? Perguntas difíceis. Estamos carentes de integridade, estamos carentes de mais pessoas, de heróis que nos inspirem a segui-los por suas ideologias e que tenham o bem comum como premissa e objetivo de vida.